quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Resumo da Revolução Industrial 1780

Livro: História da Civilização Ocidental Volume 2
Autor: Edward Mcnall Burns
Revolução Industrial 1780

- Historicamente houve apenas uma Revolução Industrial. Desenrolando-se durante um século, testemunhou a primeira conversão de uma economia rural e artesanal numa economia dominada pela manufatura urbana e de propulsão mecânica.
- Não foi por acaso que ela ocorreu na Europa. Os comerciantes e mercadores europeus eram vistos como os principais manufatores e comerciantes do mundo. Os governantes confiavam que essa classe de homens lhe proporcionaria os meios com que manter a economia de seus estados. Por sua vez, esses homens fizeram os governantes entenderem que suas riquezas, investidas em terra, em comércio, eram deles e de mais ninguém.
- Sem a existência na Europa, não apenas uma florescente classe comercial, um mercado em expansão devido a exploração comercial ultramarina, com a Índia, América do Norte e do Sul e África, não poderiam ter prosperado.
- Um terceiro fator que contribuiu para que a revolução ocorresse na Europa foi a contínuo crescimento de sua população. Que proporcionou, assim como a expansão ultramarina, um continuo aumento da demanda por produtos.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA

- Foi na Inglaterra que começou a Revolução Industrial. A economia inglesa progredia em direção a abundancia; mais pessoas estavam em condições de vender excedente de mercadoria; os trabalhadores ingleses, ainda que mal remunerada, detinham um padrão de vida muito melhor do que os do continente.
- Abundância na Inglaterra de alimentos e capitais, devido ao investimento em terra e comércio.
- Na Inglaterra, muito mais que em outros países, a busca da riqueza como um digno objetivo de vida.
- Os ingleses, como nação, não temiam os negócios. Respeitavam as pessoas sensatas, práticas e bem-sucedidas financeiramente.
- As pequenas dimensões do país e por ser insular estimulavam um mercado interno em escala nacional. O fato de não possuir tarifas internas também contribuía para um livre comércio.
- Os ingleses possuam uma marinha mercante capaz de transportar mercadorias a todos os recantos do mundo. Londres, já então importante centro do comércio mundial, servia como empório para a transferência de matérias-primas, capital e produtos manufaturados.
- Já em 1760 a Inglaterra possuía uma indústria de algodão, mas com o surgimento de invenções como a spinning jenny e spinning mule a revolução começou a andar em passos largos.
- No início as maquinas eram pequenas o suficiente para os fiandeiros trabalharem em casa. Contudo, com o desenvolvimento das máquinas movidas a vapor, as fábricas puderam ser construídas onde mais conviesse ao empresário – frequentimente nas cidades e vilas do norte da Inglaterra.
- Os tecelões manuais foram, provavelmente, as mais óbvias vítimas da Revolução Industrial, apesar da transição da indústria doméstica para as fábricas não se fez da noite para o dia, a redução do custo para a montagem de indústria obrigou os tecelões a irem para as fábricas ou aceitarem salários menores.
- Os tecidos ingleses de algodão inundaram o mercado mundial a partir da década de 1780, devido ao seu preço baixo e qualidade alta.
- As mudanças na indústria de ferro não foram bastante grandes para merecerem o título de revolucionário. Não entendo, foram de muita importância. A procura cresceu bastante nos anos de guerra e pela construção de estradas de ferro.
- A criação da máquina a vapor teve um papel fundamental para o aumento das indústrias na Inglaterra.
- O que aconteceu na Inglaterra foi uma revolução devido à maneira como reformulou a vida das pessoas em todo o planeta.
- Por mais dramática que tenha sido a revolução, ela ocorreu num período de duas a três gerações, e com rapidez variável, segundo os diferentes ramos industriais.


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA EUROPA CONTINENTAL

- A Revolução Industrial acabou chegando ao continente europeu, mas isso não ocorreu em grau considerável antes de 1830. Foram vários os motivos para o retardo da industrialização do continente, como: ausência de um sistema de transporte eficiente; não possuía um suprimento considerável de combustível que constituía a nova fonte de energia industrial; a Europa Central era dividida em pequenos principados, cada um com suas regras de taxas que inviabilizava qualquer transporte em grandes distâncias.
- O dinheiro não tinha, na França e na Alemanha, o mesmo papel que na Inglaterra. Falta de espírito empresarial.
- O continente não se manteve na ociosidade enquanto a Inglaterra assumia a dianteira industrial, porém, os efeitos das guerras e revoluções foram um claro óbice ao desenvolvimento industrial.
- Vários fatores se aliaram para produzir uma atmosfera de modo geral mais favorável à industrialização no continente depois de 1815: crescimento da população, não apenas no continente mais nas demais áreas também; melhorias dos transportes.
- Até produzir seus próprios técnicos, o continente foi obrigado a depender da capacidade britânica, que relutava em exportar seus maquinários mais avançados e seus técnicos.
- Por volta de 1840, os países da Europa continental e os EUA, seguiram lentamente o rumo da industrialização. Porém, nos dez anos que se seguiram, os estímulos de modo geral às economias ocidentais pela introdução dos sistemas ferroviários, fez com que a Europa continental e EUA progredissem o suficiente para tornarem verdadeiros concorrentes dos britânicos.

A INDUSTRIALIZAÇÃO DEPOIS DE 1850

- Entre 1850 e 1870 a Grã-Bretanha continuou a ser o gigante industrial do Ocidente. Entretanto, a França, a Alemanha, a Bélgica e os Estados Unidos assumiram a posição de desafiantes.
- Um dos fatores do aumento da produção da Europa continental foi o aumento do comércio de matérias-primas e descobertas de fontes de carvão na França e Alemanha.
- A Europa usava seu poderio econômico e quando necessário, sua força militar, para garantir que o mundo permanecesse dividido entro os produtores – a próprio Europa – e os fornecedores – todos os outros países.

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