domingo, 7 de fevereiro de 2010

Gramática - Morfologia - Advérbio

Advérbio

Definição:
É a palavra que modifica um advérbio, verbo ou adjetivo. Acrescenta a eles uma circunstância.

Ex.: Meu amigo desenha muito. (muito modifica o verbo desenhar)


Locução Adverbial :
Duas ou mais palavras com valor de advérbio, sempre termina com um advérbio.
às vezes, às pressas, de perto...
Ex.: Morreu de frio.


Classificação:

1)     de causa: Morreu de frio.
2)     de finalidade: Estudei para passar.
3)     de meio: Viajei de trem.
4)     de concessão: Tomei banho apesar de limpo.
5)     de condição: Sem estudo, não passarás.
6)     de conformidade: O soldado agiu conforme foi ordenado.
7)     de tempo: Vocês brevemente estarão no serviço público.
8)     de assunto: Falava-se sobre a produção de jogos.
9)     de instrumento: Escreveu a lápis.


Flexão do Advérbio:
Os advérbios são palavras invariáveis, não flexiona em gênero e número. Contudo, alguns advérbios admitem flexão em grau. Eles se dividem em dois grupos, Grau Comparativo e Grau Superlativo.

1)     Grau Comparativo:
a)     de igualdade: tão + advérbio + quanto
 Ex.: O Leonardo corria tão rápido quanto Anderson.

b)     de inferioridade: menos + advérbio +(do) que
Ex.: Ele correu menos rápido que eu.

c)     de superioridade:
1)     Analítico: mais + advérbio + (do) que
Ex.: Giuliana grita mais alto que Aparecida
                                                   
2)     Sintético: melhor ou pior que
Ex.: Giuseppe fala pior que o professor.

2)     Grau Superlativo:
a)     Analítico: acompanhado de outro advérbio, alguns vem escrito no diminutivo ou repetidos.
Ex.: Andressa escreve muito bem.
Acordei cedo, cedo.

b)     Sintético: formado com sufixos.
Ex.: Andressa escreve rapidíssimo.
Acordei cedinho.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tipologia Textual

Tipologia Textual

1) Descrição

O texto descritivo é aquele que tem por base fazer uma descrição, daí o nome da tipologia, de um ser vivo, de um objeto ou mesmo de um lugar.

Uma das principais característica deste tipo de texto é a utilização constante de adjetivação, para que o leitor posse ter uma imagem do objeto descrito.

Ex.: Meus cabelos cão palhas de aço, meu porte físico de uma lesma, porém, sou auto que nem um poste de luz.


2) Narração

Na narração, ao contrário da descrição que descreve um ser vivo, um lugar, conta um fato, onde está presente personagens, enredo, tempo em que se passa a história e o ambiente.

Ex.:: Os primeiros raios de sol, brandos como um leve toque, anunciam um novo dia de uma preguiçosa segunda-feira. Maria acorda, ingere algum pão e café, despede-se da família e se põe a caminhar em direção ao ponto de ônibus. Não tão longe dela, José executa as mesmas ações, porém, não se sabe se desperdiçou os mesmos momentos de adeus.


3) Dissertação

O texto dissertativo tem como centro primordial a ideia. Dissertar é refletir, debater a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Sem dúvida é o texto mais cobrado em provas de concurso público, tanto para redação como para interpretação de textos.

Ex.:: Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.

Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias, predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços.

Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade brasileira e mundial.
Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquista da real equiparação entre os seres humanos, sem distinções de sexo.
(Retirado do site http://www.graudez.com.br/redacao/ch05.html)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Resumo da Revolução Industrial 1780

Livro: História da Civilização Ocidental Volume 2
Autor: Edward Mcnall Burns
Revolução Industrial 1780

- Historicamente houve apenas uma Revolução Industrial. Desenrolando-se durante um século, testemunhou a primeira conversão de uma economia rural e artesanal numa economia dominada pela manufatura urbana e de propulsão mecânica.
- Não foi por acaso que ela ocorreu na Europa. Os comerciantes e mercadores europeus eram vistos como os principais manufatores e comerciantes do mundo. Os governantes confiavam que essa classe de homens lhe proporcionaria os meios com que manter a economia de seus estados. Por sua vez, esses homens fizeram os governantes entenderem que suas riquezas, investidas em terra, em comércio, eram deles e de mais ninguém.
- Sem a existência na Europa, não apenas uma florescente classe comercial, um mercado em expansão devido a exploração comercial ultramarina, com a Índia, América do Norte e do Sul e África, não poderiam ter prosperado.
- Um terceiro fator que contribuiu para que a revolução ocorresse na Europa foi a contínuo crescimento de sua população. Que proporcionou, assim como a expansão ultramarina, um continuo aumento da demanda por produtos.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA

- Foi na Inglaterra que começou a Revolução Industrial. A economia inglesa progredia em direção a abundancia; mais pessoas estavam em condições de vender excedente de mercadoria; os trabalhadores ingleses, ainda que mal remunerada, detinham um padrão de vida muito melhor do que os do continente.
- Abundância na Inglaterra de alimentos e capitais, devido ao investimento em terra e comércio.
- Na Inglaterra, muito mais que em outros países, a busca da riqueza como um digno objetivo de vida.
- Os ingleses, como nação, não temiam os negócios. Respeitavam as pessoas sensatas, práticas e bem-sucedidas financeiramente.
- As pequenas dimensões do país e por ser insular estimulavam um mercado interno em escala nacional. O fato de não possuir tarifas internas também contribuía para um livre comércio.
- Os ingleses possuam uma marinha mercante capaz de transportar mercadorias a todos os recantos do mundo. Londres, já então importante centro do comércio mundial, servia como empório para a transferência de matérias-primas, capital e produtos manufaturados.
- Já em 1760 a Inglaterra possuía uma indústria de algodão, mas com o surgimento de invenções como a spinning jenny e spinning mule a revolução começou a andar em passos largos.
- No início as maquinas eram pequenas o suficiente para os fiandeiros trabalharem em casa. Contudo, com o desenvolvimento das máquinas movidas a vapor, as fábricas puderam ser construídas onde mais conviesse ao empresário – frequentimente nas cidades e vilas do norte da Inglaterra.
- Os tecelões manuais foram, provavelmente, as mais óbvias vítimas da Revolução Industrial, apesar da transição da indústria doméstica para as fábricas não se fez da noite para o dia, a redução do custo para a montagem de indústria obrigou os tecelões a irem para as fábricas ou aceitarem salários menores.
- Os tecidos ingleses de algodão inundaram o mercado mundial a partir da década de 1780, devido ao seu preço baixo e qualidade alta.
- As mudanças na indústria de ferro não foram bastante grandes para merecerem o título de revolucionário. Não entendo, foram de muita importância. A procura cresceu bastante nos anos de guerra e pela construção de estradas de ferro.
- A criação da máquina a vapor teve um papel fundamental para o aumento das indústrias na Inglaterra.
- O que aconteceu na Inglaterra foi uma revolução devido à maneira como reformulou a vida das pessoas em todo o planeta.
- Por mais dramática que tenha sido a revolução, ela ocorreu num período de duas a três gerações, e com rapidez variável, segundo os diferentes ramos industriais.


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA EUROPA CONTINENTAL

- A Revolução Industrial acabou chegando ao continente europeu, mas isso não ocorreu em grau considerável antes de 1830. Foram vários os motivos para o retardo da industrialização do continente, como: ausência de um sistema de transporte eficiente; não possuía um suprimento considerável de combustível que constituía a nova fonte de energia industrial; a Europa Central era dividida em pequenos principados, cada um com suas regras de taxas que inviabilizava qualquer transporte em grandes distâncias.
- O dinheiro não tinha, na França e na Alemanha, o mesmo papel que na Inglaterra. Falta de espírito empresarial.
- O continente não se manteve na ociosidade enquanto a Inglaterra assumia a dianteira industrial, porém, os efeitos das guerras e revoluções foram um claro óbice ao desenvolvimento industrial.
- Vários fatores se aliaram para produzir uma atmosfera de modo geral mais favorável à industrialização no continente depois de 1815: crescimento da população, não apenas no continente mais nas demais áreas também; melhorias dos transportes.
- Até produzir seus próprios técnicos, o continente foi obrigado a depender da capacidade britânica, que relutava em exportar seus maquinários mais avançados e seus técnicos.
- Por volta de 1840, os países da Europa continental e os EUA, seguiram lentamente o rumo da industrialização. Porém, nos dez anos que se seguiram, os estímulos de modo geral às economias ocidentais pela introdução dos sistemas ferroviários, fez com que a Europa continental e EUA progredissem o suficiente para tornarem verdadeiros concorrentes dos britânicos.

A INDUSTRIALIZAÇÃO DEPOIS DE 1850

- Entre 1850 e 1870 a Grã-Bretanha continuou a ser o gigante industrial do Ocidente. Entretanto, a França, a Alemanha, a Bélgica e os Estados Unidos assumiram a posição de desafiantes.
- Um dos fatores do aumento da produção da Europa continental foi o aumento do comércio de matérias-primas e descobertas de fontes de carvão na França e Alemanha.
- A Europa usava seu poderio econômico e quando necessário, sua força militar, para garantir que o mundo permanecesse dividido entro os produtores – a próprio Europa – e os fornecedores – todos os outros países.

Gramática - Morfologia - Conjunção

Conjunção

Definição: Assim como a preposição a conjunção é uma palavra invariável que faz a ligação entre dois elementos, a diferença consiste que a conjunção liga dois termos de mesma função sintática, por exemplo substantivo e substantivo (Mário e João), ou liga duas orações (O candidato estudou muito, contudo não passou na prova).

Locução prepositiva: duas ou mais palavras com função de conjunção, geralmente terminadas em que.
Ex.: a fim de que, se bem que.

Classificação: as conjunções se dividem em dois grupos, as coordenativas e as subordinativas.

O ideal era estudar os tipos de conjunções na matéria de Análise Sintática – Classificações das orações, onde elas serão melhor trabalhadas; mas, para meus objetivos de estudo para o concurso irei realizar uma repetição dos estudos de conjunções tanto na Morfologia quanto na Análise Sintática.


a)     COORDENATIVAS:

1)     Conclusivas – relação semântica de conclusão, fechamento ou conseqüência.
logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, destarte, dessarte....
Ex.: Ele bateu o carro, portanto estava alcoolizado.

                                  
2)     Aditivas – relação semântica de soma, adição.
e, nem, mas também, não só, ademais, outro sim...
Ex.: Este blog é prático e objetivo.


3)      Adversativa – relação semântica de oposição, contraste, quebra de linha de raciocínio, compensação...
mas, porém, contudo, senão, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.
Ex.: Chegou atrasado, mas não perdeu nada da aula.

4)     Alternativas – relação semântica de alternância, escolha.
Ou ...ou, ora...ora, quer... quer, seja... seja...
Ex.:: Ou eu estudo ou eu trabalho.

5)     Explicativa – relação semântica de explicação, razão, motivos.
que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.
Ex.: Ele joga futebol porque quer esquecer a rotina do trabalho.

OBS.: Principais confusões com as conjunções coordenativas:
- Conjunção POIS pode ser tanto explicativa como conclusiva. Para melhor diferenciar as duas, além da posição da conjunção em relação ao verbo, um vem antes outro vem depois, é só substituir o pois pelo porque, se encaixar no contexto é explicativa.
Ex.:: Estamos trabalhando muito, pois queremos terminar logo. (explicativa)
Queremos terminar logo. Trabalharemos, pois, muito. (conclusiva)

- A conjunção E e MAS podem trabalhar tanto para adversativa quanto para aditiva.
Ex.: É ferida que dói e não se sente. (adversativa)
Ele é um aluno muito inteligente, mas principalmente esforçado (aditiva).

b)     SUBORDINATIVAS

1)     Condicionais – relação semântica de conformidade de pensamento, pré-requisito, algo supostamente esperado.
se, caso, desde que, contanto que, a menos que...
Ex.: Se precisar de mais informações, mande uma solicitação por e-mail.

2)     Proporcionais – relação semântica de proporcionalidade, concomitância.
à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto menos ...(mais)...
Ex.: À medida que lia, pensava de forma diferente.

3)     Finais – relação semântica de finalidade, objetivo.
para que, a fim de que, porque (para que), que...
Ex.: Fazemos de tudo, para que você aprende rapidamente.

4)     Causais – relação semântica de causa, motivo, razão.
porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que
Ex.: Já que você decidiu este caminho, não desista até chegar ao final.

5)     Consecutivas – relação semântica de consequência, efeito colateral, resultado.
(tal, tanto, tão ou tamanho seguidos de que), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...
Ex.: Falou tanto que ficou rouco.

6)     Temporais – relação semântica de tempo, relação cronológica.
quando, enquanto, até que, antes que, depois que, logo que,, desde que, sempre que, assim que...
Ex.: Enquanto alguns estão de férias, eu estou produzindo.

7)     Concessivas – relação semântica de fato contrário, contraste, quebra de espectativa.
embora, ainda que, se bem que, mesmo que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto...
Ex.: Eu não fui aprovado no concurso, embora tenha estudado muito.
8)     Conformativa – relação semântica de conformidade de um fato com outro.
conforme, que,  como, segundo, consoante...
Tudo ocorreu no evento conforme planejado.

9)     Comparativas – relação semântica de comparação, paralelo.
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como...
Ex.: Eu corro como um leopardo.


CONJUNÇÃO INTEGRANTE

Conjunções que iniciam as orações subordinadas com função sintática de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou aposto de outra oração.

São que, se, quando, quanto(a)(s), onde, qual, quem, ...

Para diferenciar de pronomes relativos é só substituir a conjunção por: isso, essa(e)(s), disso... Se encaixar no contexto é conjunção integrante, caso contrario pode ser pronome relativo, para confirmar substitua a mesma por o qual, as quais...

Exemplos:

Não sei se morrerei de saudades. (Não sei isso)
Estou certo que passarei no concurso. (Estou certo disso)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Resumo Revolução Comercial 1450 - 1800

Livro: História da Civilização Ocidental Volume 2
Autor: Edward Mcnall Burns


Revolução Comercial 1450-1800

A REVOLUÇÃO COMERCIAL E A NOVA SOCIEDADE

- Mudanças econômicas na europa nos três séculos e meio que vigoraram entre 1450 e 1800, é comumente chamada de Revolução Comercial.
- A revolução compreendeu uma transição da economia semi-estagnada, economia de subsistência da Idade Média, para o capitalismo, dinâmico e de âmbito mundial.
- Os estímulos das mudanças vieram pelos descobrimentos ultramarinos, influxo de novos artigos de consumo e de metais preciosos, progressos na atividade bancária e no comércio.
- Primeiro Espanha e Portugal, e depois Inglaterra, França e Holanda substituíram as cidades do norte da Itália como centros de comércio e prosperidade econômicas na Europa.

NATUREZA E EFEITOS DA EXPANSÃO ULTRAMARINA

- 1ª causa das viagens de descobrimento deveram-se primordialmente às ambições de espanhóis e portugueses de terem sua parcela no comércio com o Oriente e retirar, assim, o monopólio das cidades italianas de Veneza e Gênova.
- 2ª causa das viagens de descobrimento foi o fervor missionário dos espanhóis em seus desejos de converter os “gentios” de ultramar.
- Os pioneiros da navegação oceânica foram os portugueses.
- O marinheiro genovês Cristóvão Colombo tinha-se convencido da possibilidade de atingir a Índia navegando em direção ao ocidente. Repelido pelos portugueses, dirigiu-se aos soberanos espanhóis, Fernando e Isabele, e deles obteve apoio para seu plano.
- Os ingleses e franceses não tardaram para seguir o exemplo espanhol.
- Os resultados dessas viagens foram: transformação do comércio em atividade mundial; queda do monopólio do comércio com o Oriente, mantidos pelas cidades italianas, extremo aumento no volume do comércio e na variedade dos artigos de consumo; passagem de diversos artigos de luxo a “populares”, como o café, algodão, açúcar.
- Outra conseguência importante das descobertas fora a expansão do suprimento de metais preciosos.
- Daí em diante, durante 80 anos a economia européia baseou-se na prata. O resultado foi uma tremenda inflação, devido ao aumento gigantesco das importações de metais.
- Ao fim do século XVI a economia espanhola, que a princípio parecia beneficiar-se enormemente dos descobrimentos, estava quase inteiramente arruinada. Pois, o desenvolvimento industrial era demasiadamente débil par atender a demanda por produtos manufaturados.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA REVOLUÇÃO COMERCIAL

- A mais importante característica foi a ascensão ao capitalismo.
- Compreendeu também, em regra, o sistema de salários como forma de pagamento.
- Um segundo fato importante da revolução Comercial foi o desenvolvimento do sistema bancário.
- Ao aparecimento dessas casas bancárias particulares seguiu-se a fundação de bancos dos governos. O primeiro em ordem foi o banco da Suécia (1647), mas era o Banco da Inglaterra, fundado em 1694, que estava reservado o papel de maior importância. Embora até 1946 não se achasse sob controle do governo.
- A expansão das facilidades de créditos mediante letra de cambio.
- Adoção do sistema de pagamento por cheque nas transações locais e a emissão de notas bancárias como substituto do ouro e da prata criados pelos italianos e gradualmente adotado na Europa setentrional.
- Inclui-se na Revolução Comercial modificações fundamentais no métodos de produção. O sistema de manufatura pelas corporações de ofício da Idade Média caminhava para a extinção.
- Além disso, haviam surgidos novos indústrias inteiramente fora do sistema corporativo, como: mineração, a fundição de minério e a indústria de lã.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estilística - Figuras de linguagem

Figuras de linguagem

As figuras de linguagem fazem parte da Estilística. Essa tem por definição estudar os processos de manipulação da linguagem. Na estilística, analisa-se a capacidade de provocar sugestões e emoções usando certas fórmulas e efeitos de estilo.

As figuras de linguagem é o principal ramo da estilística, o estudo das figuras é essencial tanto para interpretação de texto, quanto para gramática.

Podemos dividir as figuras de linguagem em três ramos: Figuras de sintaxe ou construção; Figuras de palavras ou tropos; Figuras de pensamento.

a) Figuras de Sintaxe ou construção:

1)     Elipse – é a omissão de uma palavra facilmente subtendida, identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante.
Ex.: Amo minha namorada (eu)
Obs.: Na Elipse o termo não apareceu expressamente anteriormente, é exatamente o que difere da Zeugma.

2)     Zeugma – é uma omissão de um ou mais termos de uma oração, já expressos anteriormente.
Ex.: Gustavo vai cursar Publicidade; eu, Ciências da Computação.

3)     Assíndeto – Da mesma maneira que a elipse e a zeugma, o assíndeto consiste na omissão, mas especificamente da omissão de conectivos, conjunções.
Ex.: Vim, vi, venci (e).

4)     Polissíndeto – é o emprego repetitivo da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos de oração, em regra conectivos coordenativo (e ou nem).
Ex.: Comi, e dorme, e trabalha, e namora, e acorda.

5)     Pleonasmo – Também denominado pleonasmo de reforço, literário, estilístico ou semântico, é uma repetição enfática de uma ideia ou termo, para realçar o texto. Difere do Pleonasmo vicioso que é a repetição inútil de uma ideia.
Ex.: "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)

6)     Anacoluto – Período iniciado por uma palavra ou locução, seguida de pausa, que tem como continuação uma oração em que essa palavra ou locução não se integra sintaticamente, embora esteja integrada pelo sentido Dicionário Houaiss.
Ex.: "O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto" (Carlos Drummond de Andrade).
7)     Silepse – é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É definida como uma concordância anormal do texto. A Silepse se divide em três tipos:
a)     Gênero: Ex.: Argentina é belo (concorda com a ideia de o país).
b)     Pessoa: Ex.: Os concurseiros estudamos muito. (a ideia está contido nós, e o verbo concordou com a idéias não com o sujeito).
c)     Número: Ex.: O gaúcho é bravo e forte. Não fogem da luta. (o verbo fugir concordou com a ideia do substantivo, o gaúcho, que representa todos os gaúchos).

8)     Hipérbato – Também denominado de inversão, consiste na troca da ordem direta dos termos na frase.
Ex.: No concurso iremos passar todos (a forma direta seria: Todos iremos passar no concurso).

9)     Aliteração – É a repetição de fonemas consonantais, como recurso de intensificação de ritmo.
Ex.: Vagam nos velhos vórtices velozes.

10)  Anáfora – Assim como na Aliteração é um repetição, mas repete um termo, no início de cada verso ou frase.
Ex.: Nem tudo que ronca é porco,
Nem tudo que berra é bode,
Nem tudo que reluz é ouro,
Nem tudo falar se pode.

11)  Hipálage – A utilização mais usual dessa figura de linguagem é a adjetivação de um substantivo que na literalidade pertença a outro.
Ex.: Fumei um pensativo cigarro.

12)  Quiasmo - Disposição cruzada da ordem das partes simétricas de duas frases.
Ex.: Vou sempre ao cinema, ao teatro não vou nunca.


b) Figuras de palavras ou tropos:

1)     Metáfora – É considerada uma figura de estilo, consiste na comparação de dois termos sem uso de conectivos. Na comparação nem sempre há uma relação real, mas apenas de ideia.
Ex.: Os olhos daquela menina são como céu aberto (azuis como um céu).

2)     Metonímia ou Transnominação – Consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação.
Ex.: Ele é um sem teto (parte pelo todo)
Minha irmã é viciada em leite moça (marca pelo produto)
Estou lendo Machado de Assis (autor pela obra)

3)     Catacrese – É uma evolução de um Metáfora, por falta de um termo específico para designar um conceito, utiliza-se outro para tentar conceituar a ideia.
Ex.: Pé da mesa

4)     Perífrase ou Antonomásia – Consiste na troca de um nome por uma expressão de mesmo significado.
Ex.: Ele é o rei dos animais (leão).

5)     Sinestesia – Mesclagem de sentidos em uma mesma expressão.
Ex.: No silêncio escuro de minha vida.


c) Figuras de pensamento:

1)     Prosopopéia ou Personificação - consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.
Ex.: As nuvens choravam pela destruição do mundo.

2)     Hipérbole – Aumento exagerado para valorização expressão.
Ex.: Já te falei mil vezes.

3)     Eufemismo – Linguagem diplomática, consiste em suavizar uma idéia desagradável.
Ex.: Meu irmão faltou com a verdade (mentiu).

4)     Antítese – Consiste na exposição de idéias contrárias.
Ex.: Alegria e aflição fazem parte de sua vida.

5)     Apóstrofe – Correspondente ao vocativo, que consiste no chamamento de alguém ou alguma coisa personificada.
Ex.: Amigos! Não existe amigos. (Sócrates)

6)     Gradação – Idéias expressadas em progressão: tanto ascendente ou clímax; descendente ou anticlímax.
Ex.: Eu dominarei a cidade, o estado, o país (ascendente).
Para mim você é um simples humano, um verme, um nada (descendente).